BLACK FRIDAY E LGPD: QUAIS CUIDADOS AS EMPRESAS E CONSUMIDORES DEVEM TER NESSA ÉPOCA? - ConectaValle

BLACK FRIDAY E LGPD: QUAIS CUIDADOS AS EMPRESAS E CONSUMIDORES DEVEM TER NESSA ÉPOCA?

Descubra o que a Lei Geral de Proteção de Dados mudou na Black Friday, um evento tão esperado pelo mercado mundial, além de conhecer mais sobre a data, suas vantagens e curiosidades.  

 

Desde que entrou em vigor, em agosto de 2020, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) mudou a forma de navegação de todo o mundo na internet. A observação aos dados pessoais passou a ser ainda mais fiscalizada e, por isso, virou um foco de atenção de todas as empresas. Por mais atrativas que as vendas e as promoções da Black Friday possam parecer, é importante que o comércio e os consumidores estejam atentos às mudanças previstas em lei e como eles podem ser impactados. Confira mais informações a seguir e se prepare para o dia 25/11!

 

O que é e para que serve a LGPD?  

A Lei Geral de Proteção de Dados, também chamada de LGPD, é a legislação brasileira que regulamenta as atividades de tratamento de dados pessoais. A LGPD define novos conceitos jurídicos, estabelece as condições nas quais estes dados podem ser tratados, garante direitos para os titulares dos dados e gera obrigações específicas para quem os controla, além de criar diversos procedimentos e normas para aumentar a cautela na hora de tratar e compartilhar os dados sensíveis de terceiros.

Estes dados pessoais e sensíveis são todas as informações que poderiam, de alguma forma, se relacionar com algum indivíduo e identificá-lo. Exemplo: nome, números de telefone, números de documentos, endereço, além de dados sobre origem racial/étnica, religião, opinião política e até mesmo dados genéticos ou biométricos.

 

O que é a Black Friday?

A Black Friday é o nome dados às vendas realizadas tradicionalmente na quarta sexta-feira do mês de novembro. Nesse dia, tornou-se comum a oferta de descontos expressivos em diferentes mercadorias para incentivar os consumidores a comprarem.

Esse tipo de estratégia de vendas surgiu nos Estados Unidos e tem relação com o Dia de Ação de Graças, o Thanksgiving Day, já que é realizada no dia seguinte a esse feriado. Esta tradição também está ligada ao Natal, pois considera-se que a Black Friday inaugure a temporada de compras natalinas.

 

Seu nome tem origem incerta, já que três significados diferentes são atribuídos a esta data: no primeiro dele, em 1869, dois investidores norte-americanos criaram um esquema ilegal de controle do mercado de ouro do país para que pudessem enriquecer. Entretanto, o presidente da época descobriu o crime e contornou a ação dos dois investidores, de modo que o preço do ouro caiu drasticamente numa sexta-feira, sendo apelidada de Black Friday ou “sexta-feira negra”.

Outra possibilidade sobre a origem do termo fala de uma publicação norte-americana sobre as diversas indústrias da época, em 1950, que relatou um alto número de funcionários que fingiam estar doentes às sextas-feiras após o Dia de Ação de Graças.

O apelido foi cunhado pois a revista fazia uma comparação que associava o mal-estar generalizado dos colaboradores com a peste bubônica. Essa doença, também chamada de peste negra (black death), teve seu surto no século XIV, devastou boa parte da Europa e gerou o trocadilho com o nome Black Friday.

Por fim, a última hipótese fala sobre a frustração dos policiais da Filadélfia, que eram obrigados a trabalhar na sexta após o feriado do Dia de Ação de Graças. Com isso, eles ficavam extremamente insatisfeitos com o congestionamento do trânsito e a grande quantidade de pessoas nas ruas neste dia, e deram o apelido de “Black Friday”.

Independente da origem do nome, o fato é que a data se popularizou de tal forma que chamou a atenção de boa parte dos lojistas dos países vizinhos, como Canadá e México, e depois se popularizou em todo o mundo. No Brasil, a primeira Black Friday aconteceu em 2010, mas só em 2013 bateu seu recorde, faturando R$770 milhões em comércio online.

 

Como esses dois conceitos se relacionam?

 

Black Friday: Consumidores e empresas devem ficar atentos ao aumento de possíveis fraudes e crimes virtuais

 

Quanto mais o calendário se aproxima da Black Friday, é possível encontrar cada vez mais propaganda na internet, por meio de anúncios, pop-ups, e-mail marketing entre outras formas de propaganda. É claro que as ofertas praticadas são sempre um atrativo devido aos baixos preços de diversos produtos. Entretanto, é necessário lembrar que os responsáveis pela divulgação dessas mercadorias irão se encaixar no ramo do e-commerce, ou seja, as vendas online, já que os números mais expressivos de compras deste período vêm de sites e aplicativos.

Por isso, é muito importante destacar a importância da Lei Geral de Proteção de Dados e a relação direta com o tratamento de dados pessoais dos usuários, pois eles realizam cadastros nos sites de compras e eventualmente são perguntados se desejam continuar recebendo promoções por e-mail, mensagens e outros meios. Para que tudo isso ocorra, o site das companhias possui ferramentas que armazenam uma base de dados automaticamente e, no futuro, possa usar os dados coletados. Nesse sentido, é preciso ter muita atenção em como lidar com todos esses dados salvos e se estão ou não de acordo com a LGPD em diversas situações.

 

A legitimidade dos dados

Um ponto de atenção sobre a coleta de dados é analisar se os cadastros feitos no período de Black Friday ou quaisquer campanhas foram feitos de maneira correta, ou seja, sem ultrapassar a quantidade de informações solicitadas e previstas em Lei. Se o usuário está simplesmente realizando uma compra, não existe a necessidade de que o site peça ou conste em nota fiscal dados como data de nascimento e gênero, por exemplo. Assim, a solicitação dessas informações deve servir de alerta para o consumidor.

Um segundo fator a ser observado é a análise das políticas de privacidade no site, com acesso fácil e claro para os consumidores, devidamente atualizado com as diretrizes da LGPD, voltado sempre para a transparência. Seja durante a Black Friday ou não, o tratamento dos dados dos usuários deve seguir a lei e garantir a segurança do usuário e da informação, além de manter a integridade aplicada nas plataformas de compra e venda.

 

Uso indevido de dados pessoais

Como falado acima, é muito comum que, para realizar compras na internet, sejam solicitados documentos e dados pessoais para criação de cadastros. Sendo assim, para que a empresa garanta que essas informações não caiam nas mãos de criminosos, é muito importante ter um sistema antifraude ativo, seguro e atuante na revisão de integridade dos dados pessoais usados, como em situações de cadastros duplicados.

 

Autenticação forte

De modo geral, a criptografia é um recurso da segurança da informação que se propõe a construir e analisar protocolos que impeçam terceiros, ou o público, de decodificarem mensagens e informações privadas. Nesse sentido, é muito importante agir preventivamente e aplicar a criptografia de ponta a ponta em seus sites e plataformas, além de fornecer um suporte adequado aos clientes que relatarem um incidente com seus dados.

 

  

Transparência e Política de Privacidade

 

 

 

 

 

Política de privacidade ou Termos e Condições de Segurança é um documento que funciona como um acordo entre uma empresa e consumidor e que explicita as práticas e processos adotados por um site, aplicativo ou provedor em relação à privacidade e segurança de seus usuários.

 

 

Para que a relação empresa/cliente seja sempre cordial, é muito importante que o consumidor seja sempre informado quais dados serão retidos, qual a finalidade, se serão compartilhados ou não e por quanto tempo ficarão retidos na empresa.

Também é necessário informar ao comprador sobre a política/aviso de privacidade, além de detalhar os possíveis meios de abordagem adotados pela empresa. Desta maneira, ele saberá diferenciar um comunicado oficial da empresa, como newsletter, aplicativos de mensagens etc., de uma tentativa de fraude. Esse tipo de preocupação que as empresas se dispõem a ter é um padrão muito claro de quais companhias privilegiam o consumidor e, por isso, aumenta a confiança dos compradores.

Se a empresa oferece uma plataforma que preza pela segurança de dados do seu cliente, irá transmitir a cultura de proteção de dados e aumentar a sua credibilidade no mercado. Dados pessoais têm ligação direta com pessoas, e a transmissão da confiança é o melhor caminho para alcançar a fidelização do cliente. Do mesmo modo, quando é consultado, o consumidor saberá se pode ou não confiar seus dados a um determinado site, se corre o risco de tê-los expostos e tratados de maneira indevida, aumentando as chances de retornar para uma nova compra. Os dois lados ganham, tanto cliente como a empresa, pois a fidelização é obtida de acordo com a cultura de proteção de dados que uma companhia pode ter.

Por fim, é importante sabermos que a preparação para a Black Friday não deve ser encarada como mera burocracia, mas como uma oportunidade. Por isso, é fundamental adotar um programa de conformidade consistente, que leve em consideração o porte e as necessidades de cada negócio. Uma consultoria especializada em LGPD e proteção de dados fará toda a diferença. Entre em contato com a ConectaValle para facilitar e acelerar o seu trabalho e o processo de adequação.

 

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